segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Hora H 3 - mundos diferentes (Diário da Mirys)

Pra vocês entenderem direitinho essa história, é preciso voltar no tempo, só uns poucos aninhos, quando eu tinha, tipo... 15 anos! Há! Coisa pouca...

Mas, naquela época, eu já conhecia o H (claro, disse que o conhecia desde pequenininha), só que a gente tinha uns 3 a 4 anos de diferença de idade. O que, em plena adolescência, parecem ser 30 ou 40 anos. A gente não tinha nada, nada, nada, nadica de nada em comum!

O cara era o sonho de consumo de namorado de um monte de amigas minhas: com 18 / 19 anos (só isso JÁ seria o suficiente para muitas meninas de 15!), moreno, nem tão alto nem tão baixo, culto, descolado, tinha uma moto dele, líder de várias turmas, namorador (não sei porque isso encanta meninas novinhas). E piloto de avião! Afê! Era muita coisa pra uma pessoa só! E eu cansei de responder “não” pras minhas amigas: “Mirys, eu sei que você não tem amizade com ele, mas me consegue o telefone?”, “Mirys, eu sei que vocês nem se conversam, mas ele é da sua igreja! Descobre se tem namorada?”, “Mirys, tudo bem que vocês nunca conversaram, mas vai lá e consegue informações sobre ele pra mim?”. E a minha resposta básica era: “O H????? Você está paquerando o H???? Você só pode estar de brincadeira comigo...”

Eu já vivia num mundo COMPLETAMENTE DIFERENTE do dele. Era mais nova, não era nada fashion (qualquer moleton, camiseta grande e rabo de cavalo eram comuns nos meus trajes), não era descolada, nem tinha ideia do que ia fazer na faculdade, não dirigia nada, era magra demais (pros meus padrões). E não tinha e não gostava de quem tinha muitos namorados. Naquela época, eu estava com o namorado # 4, aquele meio maluquinho, que era totalmente apaixonado por mim e inconsequente. E eu achava o máximo aquela intensidade toda!

A vida passou, ele cresceu e foi voar em outros ares. Eu cresci e fui pras faculdades (lembram que eu fiz duas ao mesmo tempo). Eu casei, eu tive filhos, eu voltei pra minha cidade e eu o encontrei o H na igreja, de novo, de volta pra “cidade natal”, também. Mesmo assim, a gente, que nunca teve nada em comum, não se misturou. É claro que, depois dos 30 anos de idade, a diferença de quatro que nós tínhamos não significava quase nada. Mas, a vida tinha reservado caminhos muito distintos pra nós. Em comum, apenas voltamos a frequentar a mesma igreja.

No dia seguinte ao que eu fiquei viúva, ele foi lá no velório. Conversou comigo. Se colocou à disposição. Foi amigo. Mas tanta gente tinha estado por lá... e eu estava tão absorta em mim mesma... que se ele mesmo não tivesse me contado isso, anos depois, eu não me lembraria. Sinceramente.

Ficamos mais um ano e meio sem nos falar, habitando em mundos diferentes (mas, não mais opostos), até o dia em que ele me chamou pra conversar no facebook.

Cenas do próximo capítulo aqui.

9 comentários:

Mônica Japiassú disse...

Mirys, como geralmente não leio os comentários das outras pessoas, até imagino que alguém já tenha perguntado (ou sugerido) isto, mas como não tenho certeza, aí vai: você já pensou em pegar esses textos do blog (esses interlúdios estão INCRÍVEIS!) e transformar num livro?

B-jão!

Claudia disse...

Ai que vontade de ler muito a sua história, to adorando. Beijos.

Debby disse...

Continua amiga... continua que está muito lindo.
mas antes de continuar eu espero que DEUS continue a te abençoar sempre porque sei que você e seus pequenos merecem muito ser felizes.
Bjs grandes
Debby :)

Debby disse...

Mas me diz onde está o link do AQUI dos próximos capitulos ??????? rs rs
Bjs
Debby :)

Anônimo disse...

Myris, eu fico muito ansiosa até o outro post rs.

Muito feliz por vc. ;)

Unknown disse...

Sim eu voei,
voei por outros ares...
Mas voltei,voltei sem saber:
tinha que encontrar você...
que minha vida precisava de você!

Fernanda Dionisia disse...

Tbm acho q vc deveria transformar essa história em um livro
bjssssssssss
estou amando o seu renascimento.

Amelinha disse...

Mirys, recebo seus posts no e-mail e eu amo ler o que você escreve. Não sou de muitos comentários, mas estou sempre por aqui acompanhando, me emocionando e torcendo por você! Um beijo enorme e com muito carinho!

Magrela Amarela disse...

Nunca comento mas sido seu blog aqui bem quieta, mas desta vez não consegui deixar de postar um comentário, pois estou muito curiosa com o desenlace dessa história, e torcendo não por um final feliz e sim por sua felicidade!!! Posta mais estou curiosa!! bjs